08/06/2011

Rapport , Parte 2


Rapport
Continuando o assunto do post anterior

Além destes aspectos, podemos espelhar as palavras processuais
(visuais, auditivas e cinestésicas) e o estado-de-espiríto (feliz, triste,
preocupado).
Considerando que são muitos os aspectos possíveis de serem
espelhados, sugerimos ao leitor interessado em melhorar suas
habilidades de comunicação que pratique espelhando um aspecto
de cada vez e, à medida que adquire prática, acrescente outros, de
forma que o espelhamento seja uma habilidade automática e quase
inconsciente (dizemos quase porque sempre poderemos acioná-la
conscientemente quando precisarmos dela).
Em qualquer ocasião em que estiver com pessoas que interajam
entre si, será útil notar quantos espelhamentos estão acontecendo e
também o que acontece com a qualidade da interação quando não
há espelhamento.

Alertamos para que o espelhamento aqui sugerido seja feito sempre
de forma natural, discreta, elegante. Não é preciso falar errado e
adquirir um tique para estabelecer rapport com uma pessoa que
possua estas características. Ela poderia interpretar isto como uma
ofensa ou gozação. Neste caso, pode-se espelhar outros aspectos
menos óbvios, tais como o ritmo respiratório, o ritmo da voz, o
estado-de-espírito.
Se na primeira parte do rapport estivemos acompanhando uma
pessoa através do espelhamento, na segunda parte poderemos
conduzi-la: a concordar conosco, a aceitar um novo ponto de vista
sobre determinado assunto, a mudar seu estado interno (por
exemplo, de alguém desinteressado para alguém que agora está
interessado; de preocupado para tranqüilo, etc.).



De nada adianta tentar conduzir alguém sem antes acompanhá-lo.
Um exemplo disto é quando uma pessoa está triste e chega alguém
com o firme propósito de animá-la, falando alto e irradiando alegria.
O resultado será péssimo e, na melhor das hipóteses, a pessoa que
estava triste sentir-se-á agredida com tanta animação, e dirá a si
mesma: "Ninguém me entende..."

Mais adequado seria estabelecer rapport com esta pessoa
espelhando talvez até o seu estado interno, além de outras
características dela. Ou seja, espelhar sua postura, seu tom de voz,
sua expressão, etc. Desta forma, é como se lhe demonstrássemos
que reconhecemos e respeitamos o que ela sente. Só isto às vezes
já é suficiente para que esta pessoa se sinta melhor.

Depois de estabelecido o rapport, poderemos então começar a conduzi-la,
suavemente, para outro estado interno, para assuntos mais alegres.
De Nelly Beatriz M. P. Penteado
Espero que tenham gostado, grata por ter me visitado

Vcaparroz

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