07/07/2011

Empatia!


 Empatia!

Estes são tempos em que o tecido social parece esgarçar-se com uma rapidez cada vez maior, em que o
egoísmo, a violência e a mesquinhez de espírito parecem estar fazendo apodrecer a
bondade de nossas vidas comunitárias. 
Aqui, a defesa da importância da inteligência
emocional depende da ligação entre sentimento, 
caráter e instintos morais. 
Há crescentes
indícios de que posições éticas fundamentais na vida vêm de aptidões emocionais
subjacentes.
Por exemplo, o impulso é o veículo da emoção; 
a semente de todo impulso
é um sentimento explodindo para expressar-se em ação.
Os que estão à mercê dos
impulsos - os que não têm autocontrole sofrem de uma deficiência moral.
A capacidade
de controlar os impulsos é a base da força de vontade e do caráter.
Justamente por isso,
a raiz do altruísmo está na empatia, 
a capacidade de ler emoções nos outros; sem um
senso da necessidade ou desespero do outro, não há envolvimento.
E se há duas
posições morais que nossos tempos exigem são 
precisamente estas, autocontrole e piedade.
Vamos numa viagem por essas intuições científicas das
emoções, uma viagem que visa a levar maior compreensão a alguns dos mais intrigantes
momentos de nossas vidas e do mundo que nos cerca. 
O fim da jornada é entender o
que significa e como levar inteligência à emoção.

As Raízes da Empatia

A empatia alimenta-se da autoconsciência; quanto mais abertos estamos para nossas
emoções, mais hábeis seremos na leitura de sentimentos
Pois todo relacionamento, raiz do envolvimento, vem da sintonia emocional, da capacidade de empatia.
Essa capacidade - a capacidade de saber como o outro se sente - 
entra em jogo numa
vasta gama de áreas da vida, desde vendas e administração até namoro e paternidade, piedade e ação política.

As emoções das pessoas raramente são postas em palavras; 
com muito mais freqüência,
são expostas em outros indícios. A chave para intuir os sentimentos dos outros está na
capacidade de interpretar canais não-verbais: tom de voz, gestos, expressão facial e coisas assim.

EMPATIA E ÉTICA: AS RAÍZES DO ALTRUÍSMO
"Nunca mandes perguntar por quem dobra o sino; dobra por ti" é um dos versos mais
famosos da literatura inglesa. O sentimento de John Donne fala ao coração da ligação
entre empatia e envolvimento: a dor do outro é nossa. Sentir com o outro é envolver-se.
Neste sentido, o oposto de empatia é antipatia.
aptidão emocional básica, que em outros tempos se chamava de força de vontade.
"Precisamos estar no controle de nós mesmo, nossos apetites, nossas paixões para agir
direito com os outros", observa Thomas Lickona, escrevendo sobre educação do caráter.
"É preciso força de vontade para manter a emoção
sob o controle da razão.”
A capacidade de pôr de lado nosso foco e impulsos autocêntricos tem vantagens sociais:
abre o caminho para a empatia, para ouvir de fato, para adotar a perspectiva de outra
pessoa.

 Nelly Beatriz M. P. Penteado

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